XXXIV Domingo Ano B
Festa de CRISTO, Rei do universo 2024
Amados irmão e irmãs,
Louvado seja nosso Rei, Cristo e Senhor
Hoje, último Domingo do Ano B, no calendário litúrgico, somo projetados para a Contemplação do nosso Eterno Rei, nossa Paz e Redentor, que venceu o mundo (e o mal).
Somos convidados a contemplar, o Amor Extremo, de Jesus Cristo, pela humanidade decaída, e a sua entrega livre a Morte de Cruz por cada homem e mulher desse planeta.
Foi com esse Amor extremo, na preocupação com o mútuo acolhimento dos filhos de Deus, «Eis a tua Mãe… Eis o teu filho»; na extrema atenção aos arrependidos e convertidos, «hoje estarás no paraíso»; no perdão absoluto para que reine a paz, «Pai perdoa-lhes»; e na consumação da sua missão de redenção «em tuas mãos entrego o meu Espírito», que ele venceu e ensinou a vencer o mundo e suas paixões, não pela prepotência, arrogância, orgulho, soberba, traições, ambição pelo dinheiro a qualquer custo, a idolatria, a maledicência, a mentira… e outras paixões da carne.
O Nosso Rei, Cristo Jesus, «era de condição divina, diz o Apostolo, mas não se valeu da Sua igualdade com Deus» e apresentou-nos a CRUZ como seu trono.
Em Cristo a Cruz, tornou-se Trono da Verdade, Trono de Luz, Trono da fortaleza para o nosso Caminho ao Pai. A Cruz tornou-se alento/bastão para a Vida (e suas tramas). Tornou-se, enfim, a manifestação da Verdade (que há em Deus) (Jo 18,37).
Diz-nos São João que «recebemos da Sua plenitude…, a graça e a verdade» (Jo 1,16s).
Qual é a verdade em Deus, nos revelado em Jesus?
Para próprio Cristo que é a Verdade, somente a essa verdade importa, por isso, a sua vida na terra se resume no testemunho da verdade: verdade sobre o Pai, a verdade sobre a vida eterna, a verdade sobre a luta que o homem deve travar neste mundo, a verdade sobre a vida e a morte.
Por isso, também nós, todos somos chamados a escutar a voz de Mestre e Senhor e proclamar por todos os cantos que Ele, o Rei concede a vida verdadeira a quem se deixar penetrar pelo Espírito da Verdade e dar testemunho dela (cfr 8,44s).
Caríssimos! Hoje, na Festa de Cristo, Rei da Glória e Senhor da Verdade antecipamos mais uma Verdade do Reino: o Banquete eterno do Noivo com os seus escolhidos.
Segundo Papa Francisco “Ele a nossa esperança e a mais bela juventude deste mundo!” (Christus vivit,1), e por isso convida-nos a sermos “Alegres na esperança” (Rm 12,12).
Quem são?
São todos com alma jovem, alegres na esperança de uma Igreja e de uma humanidade sempre em caminho, enraizados no amor e na fé, deste Deus nunca nos deixa só, como revelado por Cristo Rei.
Os escolhidos de Cristo são os que reconhecem com Daniel a presença do Filho do Homem (1ª leitura) e “O servem”, na comunhão e no amor aos irmãos, transmitindo esperança e alegria que vêm de Deus.
A juventude é a esperança da Igreja, pois o caminho de Cristo faz-se com a força e a energia de uma alma rejuvenescida e, por isso, o Senhor não se cansa de dizer carinhosa e imperiosamente: «Talita-kum», jovem levanta-te. Ele precisa da juventude firme e em caminho, que faz do Sagrado Encontro um sempre novo motivo para sair pelas encruzilhadas, anunciando a Verdade:
A Verdade é Cristo, o Rei «que nos ama e pelo seu sangue nos libertou do pecado e fez de nós um reino de sacerdotes para Deus seu Pai» (2ª leitura).
Glória e louvores a Cristo Rei pelos séculos dos séculos, Amém
Nós cremos na Verdade e devemos como ensina “o caminho” de Emaús (Lc 24,13) anunciar, veemente, em comunhão com a Igreja seu Corpo quem é o Rei: «sou Rei. Para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz».
E nós escutamos a sua voz, “somos” da verdade?
Amados irmãos, isto realmente implica na nossa vida?
Que caminho seguimos, o da Verdade? O que significa na prática, no concreto real da minha, nossa vida celebrar a Solenidade de Cristo Rei?
Mais um encontro para descobrir o Rei que me comanda com (lei do) Amor ou mais uma oportunidade para celebrar encontros mundanos, com amigos, amigas músicas e festas passageiras?
Esta deve ser a resposta final, refletida e assumida que o próprio Rei quer ter de cada um. A verdade da minha fé diante de Deus e dos homens.
Desperta tu que dormes o sono da vida cómoda como Pilatos, que se vangloriava em celebrar o poder deste mundo e não compreendeu nada da verdade que Jesus o revelava e acabou caindo no esquecimento eterno. Bem a sua frente estava a Verdade: A Vida Eterna. Que se lhe anunciava em primeira mão, Eu Sou Rei. E vim trazer a vida ao mundo.
Quantos de nós, ouvindo o Rei, continuamos extasiados pela ganância, pela prepotência, pela ambição, pelos prazeres da carne e todas as outras paixões, e se deixa arrastar pelo pai da mentira.
Desperta tu que dormes o sono da miragem felicidade deste mundo e abre a porta para que entre o Senhor enquanto é dia, porque vem caindo a noite e como disse pe Leonel: «Tlaba na sen fa ê» (Não se poderá fazer mais nada). E como os jovens de Emaús saiamos pela estrada a anunciar a Alegria de mais este Encontro em Cristo e com Cristo.
Cristo vive, ontem, hoje e sempre! Aleluia
Louvado seja seu nome em toda terra, nos céus e nos abismos.
Seja Louvado Nosso Senhor Jesus Cristo!!!