XIII Domingo do Tempo Comum
A vida humana pode ser vista como uma tomada de posição decisiva ante dois horizontes que se apresentam diante de nós: a luz, a vida, a verdade, por um lado, e as trevas, a morte, a mentira, por outro lado. A luz traz alegria e exultação, enquanto as trevas geram tristeza e gritos de dor. Por causa das trevas que envolvem a pessoa humana, a sua vida acaba sendo cheia de medos, o maior dos quais é o medo da morte, própria e dos outros, sobretudo próximos.
A Palavra do Senhor neste XIII Domingo do Tempo Comum aparece como uma grandíssima boa notícia acerca da maior das aflições da vida humana, a partir do projecto de Deus e da vinda do Messias ao mundo.
A primeira leitura dá uma resposta magistral, que merece letras garrafais: Não foi Deus quem fez a morte, nem Ele Se alegra com a perdição dos vivos. Caso não fosse isso suficiente, mais adiante acrescenta: Deus criou o homem para ser incorruptível e fê-lo à imagem da sua própria natureza.
Isto nos remete pois ao Genesis quando Deus diz: façamos o homem a nossa imagem e semelhança (Gn 1,26). E a Palavra de Deus nos refere que Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus Ele o criou (1,27).
Sendo Deus eterno e imortal, é de esperar pois que a imagem deste Deus tenha a sua marca, tenhas as suas características. Deus criou, portanto, o ser humano para viver para sempre, como Ele vive para sempre.
O Senhor Jesus, rico de vida como o Pai (2ª leitura) confirma e reafirma este ensinamento soerguendo uma mulher e uma menina que estavam prostradas pela doença. No relato, Jesus aprecia a fé da mulher e encoraja o pai da menina manter viva a chama da fé!
Nas palavras de Jesus a Jairo, encontramos a atitude certa perante a morte e a dor: vencer o medo, mantendo firme a fé! E o caminho cristão pode ser, pois, definido como um processo de libertação do medo e união plena com Deus, através de uma fé sempre mais robusta, que nos faça ouvir aquelas santas palavras do Senhor: a tua fé te salvou! Vai em paz!