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Enviados por Cristo

REFLEXAO PARA O DÉCIMO QUARTO DOMINGO DO TEMPO COMUM, ANO C

ENVIADOS POR CRISTO
Celestino Victor Mussomar
Teólogo, Leigo, Moçambique
Diocese de Lichinga

As leituras que a liturgia nos propõe, neste Decimo Quarto domingo do tempo comum Ano C, tem como temática central: o envio. O evangelista Lucas mostra que o poder do enviado só tem sentido apartir de quem o envia, neste caso Jesus Cristo. É nesta linha que os setenta e dois discípulos, que o evangelho de Lc 10, 1-12.17-20 nos presenta como enviados para a sua messe, instruidos por Jesus voltaram cheios de alegria e poderiam exclamar sem reservas «Senhor até os demonios nos obedeciam em teu nome».
O tema do envio é ligado àquele da missão, que evoca à idea da fidelidade à mensagem de Cristo. O discipulado exige fidelidade ao crucificado e uma continua conversão a Cristo. A menssagem não é do discípulo mas sim do Senhor Jesus Cristo. O Senhor Jesus envio-lhes dois a dois porque a mesangem que devem transmitir, que é o reino de Deus, é amor, paz e justiça não é privada. Esta não pode ser absolutizada e não é propriedade privada nem apanágio de alguém, mas sim é de gratuidade. Por isso os requisitos para que os discípulos enviados possam anunciar o reino de Deus são: simplicidade, urgência, humildade e amor.
A mensagem do reino de Deus é de consolação, esperança e salvação como nos ensina a primeira leitura de Is 66, 10-14c. É uma mensagem que faz alegrar o coração e conforta porque a mão do Senhor se manifesta aos seus servos mesmo nos momentos de desolação.
A segunda leitura do Apóstolo São Paulo aos Gálatas 6,14-18 na mesma linha fala da universalidade salvífica da mensagem de Jesus Cristo crucificado. Afirma Paulo « Longe de mim gloriar-me, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.» . A redenção de Jesus não faz excepção de pessoas a redenção de Cristo é para todos. Em nome de Jesus Cristo, o crucificado todos são salvos, poderiamos dizer circuncisos e não circuncisos. A glória do discípulo, neste caso, é ver que o reino de Deus chega à toda gente, porque a messe é grande mas os trabalhadores são poucos. E outrossim, é ser escrito na lista do reino de Deus. Podemos também usar a expressão de Papa Francisco que: «Na Igreja tem espaço para todos» visto que a igreja anuncia o reino de Deus, podemos dizer que no reino de Deus tem espaço para todos.