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Ao Senhor teu Deus adorarás, só a Ele prestarás culto

A liturgia deste Domingo, o Primeiro da Quaresma, inserido na peregrinação jubilar, nos orienta para a meta que estará diante de nós, especialmente nestes Quarenta dias decisivos da nossa experiencia cristã.

Chama atenção, entre muitos outros aspectos, um dado comum ao Evangelho e a Primeira leitura. No Evangelho, onde temos Jesus conduzido ao deserto e tentado pelo Diabo, a terceira tentação, que aparece como que a coroa das tentações, Jesus responde ao tentador com a Palavra de Deus que ensina: Ao Senhor teu Deus adorarás, só a Ele prestarás culto.

Esta mensagem encontra eco na Primeira Leitura, que diz que todo fiel trará as primícias dos frutos da terra, apresenta-las-á ao sacerdote e então colocarás diante do Senhor teu Deus as primícias dos frutos da terra e te prostrarás diante do Senhor teu Deus.

Estas referências muito claras fazem alusão ao primeiro dos Mandamentos: adorar a Deus e amá-lo sobre todas as coisas. Por outro lado, são um convite, particularmente dirigido neste “tempo de salvação” a voltar para o Senhor, como no lo refere a Segunda Leitura: todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

Neste sentido, a Palavra do Senhor nos recorda que a nossa caminhada quaresmal, com todas as suas práticas (oração, jejum, penitencia, escuta da Palavra, etc.), bem como as nossas peregrinações neste ano jubilar, terão uma meta muito clara: O ENCONTRO COM O SENHOR, para adorá-lo, para prestar-lhe culto, para nos prostrarmos diante d’Ele.

Desse modo, ao iniciarmos a caminhada quaresmal, o Santo Padre nos convida a nos colocarmos algumas questões decisivas:

Estou convicto de que Deus me perdoa os pecados? Ou comporto-me como se me pudesse salvar sozinho? Aspiro à salvação e peço a ajuda de Deus para a receber? Vivo concretamente a esperança que me ajuda a ler os acontecimentos da história e me impele a um compromisso com a justiça, a fraternidade, o cuidado da casa comum, garantindo que ninguém seja deixado para trás?

Irmãs e irmãos, graças ao amor de Deus em Jesus Cristo, somos conservados na esperança que não engana (cf. Rm 5, 5). A esperança é “a âncora da alma”, inabalável e segura. Nela, a Igreja reza para que «todos os homens sejam salvos» ( 1Tm 2, 4) e ela própria anseia estar na glória do céu, unida a Cristo, seu esposo. (Mensagem para a Quaresma 2025)