Reflexão Dominical – XXI Domingo do TC, 25 de Agosto de 2024
Amados irmãos e irmãs no Senhor, paz e bem!
O mês de Agosto dedicado a Oração pelas Vocações, está chegando ao fim, e ficou profundamente marcado por grandes eventos e emoções. A realização dos Jogos Olímpicos, Paris 2024, unindo o mundo desportivo nas diversas modalidades; no âmbito religioso, a criação da nova Diocese da Ganda, em Angola, no dia 1º de Agosto, sendo seu primeiro Bispo Diocesano Sua Excelência Reverendíssima Dom Estêvão Binga, então, Bispo Auxiliar da Diocese de Benguela; já na Arquidiocese de Luanda, realizou-se o 1º FESTI-JOVEM, de 7 a 11 de Agosto, por iniciativa de Sua Excelência Reverendíssima Dom Filomeno do Nascimento Vieira Dias, Arcebispo Metropolita de Luanda, e que reuniu milhares de jovens oriundos das paróquias da referida Arquidiocese e de outras dioceses também. Mas também, o mês de Agosto trouxe ao mundo amarguras com a queda do avião no Brasil, dia 9 de Agosto, que vitimou todos os seus ocupantes, 62 pessoas. Portanto, hoje sendo o último domingo do mês, queremos render graças a Deus por todos os benefícios recebidos e rezar pelas vítimas do acidente de viação no Brasil.
Agora, vamos concentrar a nossa atenção à liturgia de hoje.
Na primeira Leitura, extraída do livro de Josué (Js 24, 1-2ª.15-17.18b), escutámos o que Josué propôs ao Povo de Israel, lembrando o quanto Deus fez por aquele povo, livrando-o da escravidão no Egipto: o dilema de O querer ou não seguir, depois da travessia do deserto, onde puderam sempre contar com o apoio da mão poderosa do Senhor, vão agora entrar na Terra Prometida onde irão encontrar povos pagãos que adoram falsos deuses, que ocuparam suas terras. Por isso, o Povo de Israel é chamado a não deixar-se enganar e claramente fazer a sua opção de permanecer firme na orientação do Senhor e seguindo o bom exemplo de Josué e de sua família: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. O apelo e convite de Josué foi aceite e o povo optou pelo Senhor, passando a sentir o carinho e a protecção da Sua presença com milagres constantes rumo à Terra Prometida.
O Salmo 33 é um convite que mais uma vez nos é dirigido para provarmos e vermos como o Senhor é bom. O mesmo Salmo indica-nos o caminho a seguir para podermos saborear a bondade do Senhor que nunca abandona quem segue seus passos, seus caminhos.
A Segunda Leitura (Ef 5, 21-32), São Paulo realça o significado profundo do verdadeiro amor conjugal: amor que é serviço, preocupação exclusiva com a felicidade do outro. O respeito mútuo, a partilha e a compreensão do casamento na dimensão transcendental e escatológica é muito importante. O casal deve amar-se como Cristo Jesus ama a Igreja. Ele ama-nos deveras, porque quer o nosso bem, a nossa verdadeira felicidade. Por maiores que sejam os obstáculos da existência e do próprio relacionamento matrimonial, precisamos confiar na Providência Divina que nunca abandona seus filhos e filhas.
No Evangelho de João (6,60-69), Jesus depois de ter explicado ao Povo, o alimento e bebida que tinha para nos dar e vendo que todos O abandonaram, perguntou aos Apóstolos se também eles se queriam ir embora. Pedro, em seu nome e dos demais, embora ainda também não tenha compreendido o alcance das afirmações de Jesus, respondeu: “Para quem havemos de ir se só Tu tens palavras de vida eterna?” a exemplo de Pedro, precisamos manter a nossa fé unida a Jesus, o Messias, o filho de Deus, o nosso Salvador que se entregou à morte para o nosso resgate do jugo do pecado. Ele é o Cordeiro de deus que tira o pecado do mundo. Portanto, comungar o Senhor, é aceitar verdadeiramente Jesus. Com Ele a nossa vida torna-se semelhante à Sua. As nossas preocupações e desejos devem passar a ser os Seus. Ele quer a salvação de todos os homens e mulheres. Este deve ser também uma das nossas grandes preocupações. As coisas da terra por mais belas e grandiosas que pareçam ou sejam mesmo, não deixam de ser caducas, limitadas, passageiras. Busquemos a cada dias as coisas do Alto, que são a garantia da nossa plena realização onde já se encontram muitos santos e santas de Deus. Ámen.