General

XXVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM

Seja louvado Nosso Senhor Jesus Cristo

Irmãos caríssimos!
A Liturgia desse domingo convida-nos a contemplar o Deus Altíssimo, Senhor Misericordioso e Amante de todo e cada Homem sua criatura.

Assim conhecendo a Misericórdia infinita do Senhor, sejamos nós, como Maria, os obreiros na construção do Seu Reino de Amor, levando a Boa Nova a todos os povos.
Pai quero ser, transparência de Maria…
Amados em Cristo. A salvação é assim apresentada como um banquete (festa da vida) preparado por Deus, onde todos os homens estão convidados.

O profeta Isaías na Primeira Leitura, dá-nos uma imagem de um banquete suculento, de bons vinhos, no monte do Senhor, Sião…
Subir o Sião para celebrar esta festa da vida é um convite de Deus para todos os homens deste mundo. O monte é o Reino de Deus; o Banquete é a salvação, por isso, diz o profeta que não haverá mais luto nem dor, porque o Senhor Deus limpará as lágrimas de todas as faces (25, 6-8). Como também nos é dado a conhecer em Apoc. 21,4.

Irmãos, somos o povo herdeiro desta Salvação, anunciada ao longo dos séculos e trazida até nós na Encarnação do Filho de Deus: vamos subir ao Monte Santo, vamos nos preparar e participar no Banquete da Vida.

Subiremos montanha sagrada, colinas suaves…
E como subir a monte Sião, à morada de Deus e participar nesse Banquete?
Diz Deuteronómio 6: Shemá Israel…:
O nosso bastão para chegar ao Banquete eterno é fazer a vontade de Deus, é revestir-se da veste interior de justiça e de Amor.
Por isso, no Evangelho o convite tem caracter nupcial. Todos os homens são chamados às bodas da festa do Reino, onde o próprio Filho é o noivo e a Igreja é a esposa.

No entanto, na Igreja, como na parábola das redes lançadas ao mar, temos homens bons e maus; os que vivem para o Senhor e os que aparentam viver para o Senhor, cujas obras não dignificam a sua fé: são pessoas caluniosas, malfazejas, que carregam ódio no coração, que na família ou no trabalho são motivo de discórdia e divisão, os que se acomodam e não se impressionam com a dor dos outros, os que buscam fins próprios e não o Amor de Deus, e muitos outros. Estes terão a sorte de serem postos fora do Banquete, onde o próprio Jesus encarnado se oferece em sacrifício como alimento da Salvação.

Os convidados são todos, mas Cristo nos mostra que, além dos que rejeitam a fé, sobre quais disse Papa Francisco perderam a capacidade de ser amados. E «quando perdes — não digo a capacidade de amar, porque ela pode ser recuperada — a capacidade de se sentir amado, não há esperança: perdeste tudo», também existem aqueles que vivem de modo exterior, sem se comprometer, sem ser verdadeiro discípulo, não fazendo da Palavra a sua lei interior, na obediência “n’Aquele que me conforta”, diz Paulo, ou como Bom Pastor, insiste o Salmo 22(23).
Então para esses, pertencer a Igreja é ainda motivo de condenação. Porque aceitam o convite, mas “depois decidiu que para ele não significava nada: era uma pessoa auto-suficiente, não tinha desejo de mudar ou de deixar que o Senhor o mudasse.” O hábito nupcial significa a Graça de Deus. Sem a graça não se pode dar um passo em frente na vida cristã. Tudo é graça.

Peçamos caríssimos irmãos, a Deus nosso Pai Providente, para nos afastar das dificuldades em nos prepararmos e subirmos a Montanha da Vida, onde Jesus se dá no pão e onde louvaremos sem fim, face a face, o rosto do Senhor.