Excelência Reverendíssima Sr. Núncio Apostólico, D. Giovanni Gaspari;
Excelências Reverendíssimas, Senhores bispos da CEAST;
Reverendos Srs. Padres;
Reverendas Irmãs;
Caros Seminaristas.
Amados cristãos e homens e mulheres de boa vontade que nos escutam através da Rádio Ecclesia.
Queiram aceitar os meus mais vivos cumprimentos de paz e bem no início dos trabalhos da nossa II Assembleia Plenária, que está a ter lugar num ambiente de óbito nacional, em virtude da morte do Ex Presidente da República, Eng. José Eduardo dos Santos, por quem peço e agradeço um minuto de silêncio orante.
Renovamos os nossos sentimentos de pesar ao Executivo angolano, ao partido MPLA e à família. Que a sua alma, pela misericórdia de Deus, descanse em paz.
Ao longo deste espaço de tempo tivemos e vivemos vários acontecimentos que marcaram profundamente o nosso dia a dia na tristeza e na alegria, pondo em prova a nossa fé.
I- AMBITO ECLESIAL
1.1- Morte dos Prelados.
Este ano foi particularmente duro para a nossa Conferência Episcopal que perdeu dois dos seus membros: Suas Excelências D. Jesus Tirso Blanco, bispo do Lwena e D. Fernando Guimarães Kevano, bispo emérito de Ondjiva. Estes pastores do povo de Deus edificaram a Igreja de Cristo neste País, nas suas respectivas dioceses e contribuíram grandemente para o progresso espiritual, moral e porque não, social deste povo.
Lá por onde passaram, nunca se cansaram de anunciar o Evangelho da paz, da irmandade, da justiça e do respeito pelos direitos da pessoa humana, enquanto imagem e semelhança de Deus. Confiamo-los a Cristo, Príncipe dos Pastores, que eles representaram na terra como seus ministros, certos de que a melhor maneira de lhes prestarmos homenagem é continuarmos com coragem e fervor a nossa missão de servidores do reino e intensificarmos cada vez mais nas nossas comunidades a oração pelas vocações sacerdotais e missionárias.
Ontem inesperadamente fomos confrontados com a notícia da renúncia do nosso irmão no episcopado, D. Manuel António dos Santos, bispo de S. Tomé e Príncipe. Queremos manifestar o nosso profundo reconhecimento pelos 15 anos de dedicação a frente dos destinos daquela Igreja irmã e expressar a nossa comunhão e solidariedade com ele. Contamos consigo, Excelência.
1.2- 1º ano do triénio dedicado às Crianças.
As nossas dioceses a nível da CEAST continuam diante do desafio de viver o triénio consagrado às crianças. Enquanto depositárias das esperanças e do futuro da Igreja e da sociedade e, portanto, objectos de um especial cuidado pastoral da nossa parte, elas devem e deverão sempre constituir a nossa preocupação e prioridade.
Este primeiro ano, em que nos encontramos a reflectir sobre as crianças, afirmação da vida enquanto dom de Deus, tem sido caracterizado por importantes iniciativas no sentido de promover nas nossas famílias e associações cristãs uma sensibilidade cada vez maior no sentido de acolher e proteger este dom precioso de Deus. De igual modo, temos registado com agrado várias celebrações e realizações alusivas ao tema, bem como processos de avaliação e aperfeiçoamento da formação catequética, com vista a um melhor serviço pastoral mais atento às crianças.
Convido, pois, todos os agentes da pastoral nas nossas dioceses a não relaxarem nesse esforço contínuo de garantir às nossas crianças melhor acompanhamento para seu crescimento integral e seu progressivo amadurecimento na fé. Por isso, constato com alegria e gratidão o renascimento e relançamento da pastoral da criança nas nossas dioceses. Entretanto, lanço aqui um apelo para que nos próximos dois anos sucessivos tudo seja feito no sentido de se implementarem acções concretas no âmbito dos programas que se vão esboçando, tendo em conta as valiosas sugestões feitas pelos delegados à Semana Bíblica Nacional 2022, a saber: “Incentivar os valores da cultura africana no cuidado às crianças e purificar aquilo que impede seu pleno desenvolvimento nas comunidades cristãs; apoiar todas as iniciativas de grupos que se dediquem à conscientização e formação da situação da criança vulnerável e assumir o combate contra abusos de menores; criação de locais específicos para acolhimento de crianças em situação de risco”.
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