10ºDOMINGO DO TEMPO COMUM- ANO A
11 de Junho 2023
A liturgia deste 10º Domingo do Tempo Comum, tema como tema central a misericórdia inesgotável de Deus. O que significa crer num Deus misericordioso? Que relação existe entre a misericórdia de Deus e a sua justiça? Como havemos de estabelecer uma aliança com o Deus da misericórdia com o nosso agir? O profeta Oseias responde essas questões desafiando o povo a verdadeira sinceridade de coração. Numa época, como a nossa em que o relativismo tem dominado toda esfera social, politica e religiosa, a sinceridade e a paixão pela verdade converteu-se numa tarefa alegre para os cristãos. A sinceridade é um bem ao qual o povo de Deus não pode renunciar. Por isso, o profeta insiste em mostrar o povo que a sinceridade é o horizonte de eternidade. A verdadeira conversão requer de cada homem e de cada mulher a sinceridade para procurar a verdade de Deus. O Homem de coração sincero procura Deus com todo o coração e com toda a alma, uma vez que no seu coração habita o desejo verdeiro de conversão.
Ora, se não houver uma verdadeira metamorfose de coração, o amor do povo por Deus não passa de um conjunto de ritos desligados da vida. Nós, os cristãos, devemos procurar Deus com sinceridade, com santidade de vida e com caridade de Cristo. O Deus de misericórdia não cessa de vir ao nosso encontro para estabelecer connosco uma aliança de amor, de ternura, de bondade e de ternura.
Dirá São Paulo na segunda leitura, que a nossa experiência religiosa deve ser um encontro com esse Deus do amor, que nos oferece gratuitamente a salvação. A salvação é sempre um dom do profundo amor que Deus tem pela humanidade. É por Cristo que essa salvação é oferecida aos homens, cabe a cada um acolher essa graça pela fé.
Todavia, no Evangelho Jesus ensina aos seus interlocutores que Deus da misericórdia não faz aceção de pessoas. Diz Jesus “ Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores”. Todos somos chamados tomar uma refeição com o Deus da misericórdia. Deus tem uma proposta de salvação para apresentar a todos os homens, sem exceção, de raça, cor ou conduta social. O critério base para todos é a liberdade para acolher a salvação. O que Deus pede a cada um em particular é a liberdade e a disponibilidade decisiva para aceitar o convite que Ele nos faz cotidianamente. Só assim, havemos de ser verdadeiros discípulos e verdadeiros instrumentos de salvação.
Pe. Vicente Coelho

09
Jun