Educação Ecológica e Espiritualidade

Este é um extracto do Manual Laudato Sí da IMBISA

(Números 202 – 246)[1]

Este capítulo convida todos à conversão ecológica. As raízes da crise cultural actual são profundas e não é fácil reformar os hábitos e o comportamento. Educação e formação são os desafios chave: “A mudança é impossível sem motivação e um processo de educação” (LS 15). Todos os sectores educacionais deveriam ser envolvidos, principalmente “na escola, família, nos média, na catequese e noutros locais” (LS 213).

O ponto de partida é “um novo estilo de vida” (LS 203‐208), que também abre a possibilidade de “colocar uma pressão suave naqueles que det6em o poder político, económico e social” (LS 206). Isto é o que acontece quando as opções do consumidor são capazes de “mudar a maneira como o comércio opera, forçando-os a considerar o sua pegada ambiental e os seus modelos de produção” (LS 206).

A importância da educação ambiental não pode ser subestimada. É o que pode afectar acções e hábitos quotidianos, a redução do consumo de água, a selecção do lixo e mesmo “apagar luzes desnecessárias” (LS 211): “Uma ecologia integral é também feita de gestos simples que quebram a lógica da violência, exploração e egoísmo” (LS 230). Tudo será mais fácil numa perspectiva contemplativa que vem da fé: “Enquanto crentes, não olhamos para o mundo a partir de for a, mas de dentro, conscientes que os laços com os quais o pai nos ligou a todos os outros seres. Desenvolvendo as nossas capacidades individuais, dadas por Deus, uma conversão ecológica pode inspirar em nós uma maior criatividade e entusiasmo” (LS 220).

Como foi proposta na Evangelii Gaudium: “a sobriedade, quando vivida livremente é libertadora” (LS 223), tal como “a felicidade significa saber como limitar algumas necessidades que apenas nos diminuem e nos abrem a muitas e diferentes necessidades que a vida pode oferecer” (LS 223). Desta maneira “devemos readquirir a convicção de que precisamos uns dos outros e temos uma responsabilidade partilhada pelos outros e pelo mundo e que ser bom e razoável valem a pena” (LS 229).

Os Santos acompanham a nossa jornada. São Francisco, citado várias vezes, é “o exemplo por excelência do cuidado pelos vulneráveis e de uma ecologia integral vivida alegre e autenticamente” (LS 10). Ele é o modelo de uma “ligação inseparável entre a preocupação pela natureza, justiça pelos pobres, compromisso com a sociedade e paz interior (LS 10). A Encíclica também menciona São Bento, Santa Teresa de Lisieux e o Bem-aventurado Charles de Foucauld.

Depois da Laudato Sì, a prática regular do exame de consciência, o meio que a Igreja sempre recomendou para orientar a nossa vida à luz da relação com Deus, deveria incluir uma nova dimensão, considerando não apenas como vivemos a comunhão com Deus, com os outros e connosco próprios, mas também com todas as criaturas e com a natureza.

Há necessidade aqui de uma forma diferente de olhar para as coisas, uma maneira de pensar, políticas, um programa educativo, um estilo de vida e uma espiritualidade que juntos giram resistência ao assalto do paradigma tecnocrata. (LS 111)

A educação ecológica pode ter lugar numa variedade de locais: na escola, famílias, nos media, na catequese e outros. A boa educação semeia boa semente nos jovens, e estes continuarão a dar fruto através da vida. (LS 213)

Todos os cristãos precisam de uma “conversão ecológica”, onde os efeitos dos seus encontros com Jesus Cristo se tornem evidentes na sua relação com o mundo à sua volta. (LS 217)

O PAPA FRANCISCO PEDE:

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Actividades Sugeridas

O Papa Francisco apela à “CONVERSÃO ECOLÓGICA” e a estilos de vida cristãos e a Valores Espirituais em harmonia com a Criação

Que áreas da nossa vida precisam de uma conversão ecológica? Enumere aquilo de que pode prescindir.
Inicie a educação ambiental na família, escola, nas Pequenas Comunidades Cristãs, Associações, comunidades e na paróquia, etc.
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